sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Por que no meio da dor os negros, dançam, cantam e riem?

Trechos do artigo de Leonardo Boff 
"Por que no meio da dor os negros, dançam, cantam e riem?" 

"...porque a alegria do Senhor é a vossa força."
Neemias 8:10b


"...Os africanos usam a palavra ubuntu que significa:”eu sou o que sou porque pertenço à comunidade” ou “eu sou o que sou através de você e você é você através de mim”. Todos precisamos uns dos outros; somos interdependentes. O que a física quântica e a nova cosmologia dizem acerca de interconexão de todos com todos é uma evidência para o espírito africano."

"...O terceiro eixo são os rituais e celebrações. Ficamos admirados que se dedique um dia inteiro de orações por Mandela com missas e ritos. Eles sentem Deus na pele, nós ocidentais na cabeça. Por isso dançam e mexem todo o corpo enquanto nós ficamos frios e duros como um cabo de vassoura."

"...Há alguns anos, na África do Sul, impressionei-me ao ver que bastava se reunirem três ou quatro negros para começarem a cantar ea  dançar, com um largo sorriso.Um dia, perguntei a um jovem motorista de taxi:”Seu povo sofreu e ainda sofre muito. Mas basta se juntarem umas poucas pessoas e vocês estão dançando, cantando, rindo. De onde vem tanta força?” E ele: “Com o sofrimento, nós aprendemos que a nossa alegria não pode depender de nada fora de nós. Ela tem de ser só nossa, estar dentro de nós.”

http://goo.gl/xF5jQo

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

I-maculado?


Aquela sujeirola pobre no fundo da alma, mesmo no mais sublime e ilibado amor mundano, convence da paupérie humana que tanto contesta meu coração.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Cuide do jardim


http://www.streetartutopia.com/?p=11326

Gn. 2.8,9,15

No princípio Deus...

Valdir Steuernagel


Pela janela da nossa casa eu contemplo o sol, em sua majestade, se pondo com beleza e dignidade sobre um verde exuberante em que se sobressaem, altaneiras, muitas copas de protegidas araucárias. 

Forte, lindo e imponente, ele indica que o dia está chegando ao fim. Ao contemplar a belíssima paisagem, me pergunto até quando esse verde se manterá, ou se o desenvolvimento urbano e a exploração imobiliária tornarão este cenário cinzento e sem vida, e o pôr do sol mais triste.

Todavia, em Curitiba, onde moramos, acabar com este verde não é tão fácil. Anos atrás, ao construirmos a sede do Centro de Pastoral e Missão, onde eu atuava, a liberação do projeto demorou porque a construção implicava o corte de uma imponente árvore chamada açoita-cavalo. Finalmente a construção foi remanejada para proteger a árvore e esta passou a fazer parte do complexo. Apesar de não ter gostado da demora na aprovação do projeto, confesso que gostei da firmeza e rigidez dos órgãos envolvidos na sua avaliação. E nós, ao integrarmos aquela árvore ao nosso projeto, contribuímos para que o verde ainda seja uma pequena realidade na cidade.

Lembro-me disso ao escrever este artigo que quer celebrar a criação de Deus e reconhecer o seu mandato para construirmos um ambiente de vida onde a natureza seja preservada, onde haja espaço e recursos para todos e a criação seja celebrada como um ato de Deus a cada pôr do sol.

Não me canso de encantar-me com os dois relatos da criação sobre os quais vimos refletindo nesta coluna de Ultimato. Além de nos levarem ao reconhecimento de Deus como criador, eles nos presenteiam com a revelação de que somos chamados a participar no gerenciamento da sua criação.

No relato de Gênesis 1, Deus cria o homem e a mulher, abençoa-os e, ato contínuo, manda-os ocupar o espaço criado por meio do milagre da multiplicação, exercer autoridade sobre a natureza e os seus habitantes e extrair da terra o necessário para a sobrevivência, não apenas da raça humana, mas de toda a criação carente de sustento (Gn 1.28-30). Em Gênesis 2, a orientação que Deus dá ao casal recém-criado tem outros contornos, mas o mesmo cerne: cuidar do jardim no qual eles foram colocados e alimentar-se daquilo que ele havia criado (Gn 2.8-15).

Há um enorme leque de aprendizados a partir destas narrativas, mas me detenho a dois deles.

Da mentalidade do progresso para a cultura do cuidado

Nós somos, em grande parte, fruto de uma mentalidade do progresso, na qual o importante é extrair e produzir. A natureza torna-se uma fonte de matéria-prima e qualquer coisa que se interponha a este objetivo tem de ser conquistada ou derrubada. Assim, extraímos os recursos naturais que encontramos e jogamos os detritos em qualquer lugar ou em qualquer rio; derrubamos tudo o que seja empecilho para produzir mais e a melhor preço; e transformamos as nossas cidades numa selva de pedras, a natureza num espaço destruído, os nossos rios numa correnteza de dejetos e poluímos os nossos céus a ponto de ofuscarmos o pôr do sol. E com isso julgamos estar progredindo.

Este, no entanto, é um progresso doentio e cresce o reconhecimento de que seguindo esse ritmo acabaremos impossibilitando a própria vida. As bruscas mudanças climáticas, os processos de desertificação, os incontroláveis índices de poluição (para citar apenas alguns exemplos) irão causar significativos índices de doença, morte e crescentes conflitos devido à busca de espaço limpo, clima saudável, água potável e recursos naturais necessários para manter a vida fluindo.

As palavras de Gênesis 1 e 2 nos convocam a um jeito de viver que aponte para o fato de que o mundo em que vivemos não é nosso e de que não somos donos de nada, mas apenas gerentes de algo que nos foi confiado. Um jeito que nos convoca ao respeito pela criação e à gestação de uma cultura do cuidado, tanto com a natureza como de um com o outro. Um jeito consciente de que adorar a Deus produz respeito em relação ao outro e à própria natureza. Envolver-se na cultura do cuidado é um ato de obediência a Deus.

Deus quer muito mais do que salvar a nossa alma.

Deus nos criou para a convivência coletiva, a construção de uma cidadania justa e respeitosa e para a cogestão do meio ambiente, num ritmo que inclui o descanso. Nós, no entanto, parecemos ignorar isso, ao entendermos erroneamente a nossa vida com Deus como algo espiritualizado, enquanto na vida cotidiana seguimos o mandato do mercado. Transformamos a vivência da nossa fé em algo estreito e capenga, vivendo como se Deus só se interessasse pelas “nossas almas” e deixando o resto da nossa vida entregue às próprias leis, quando não à força do mal. É preciso resgatar a compreensão de que todas as áreas da nossa vida estão nas mãos de Deus e devem ser uma resposta ao Deus que nos criou por inteiro. Caso contrário, estaremos reduzindo o próprio Deus, como se ele fosse um deus parcial com interesses parciais. O convite dos relatos da criação certamente não segue esta vertente. Pelo contrário, eles têm sintonia com o salmista (Sl 105.1) quando ele diz:

“Deem graças ao Senhor, proclamem o seu nome;
divulguem os seus feitos entre as nações”.


• Texto de Valdir Steuernagel ele é pastor na Comunidade do Redentor, em Curitiba. Faz parte da Aliança Cristã Evangélica do Brasil, da Aliança Cristã Evangélica Mundial e da Visão Mundial.

sábado, 30 de agosto de 2014

IMPRESSIONÍVEL

Epopeia mais contemporânea impossível
Gabar os textos como uma das melhores discorrências já vistas, passível
Forte concorrente para sua obra prima meu caro Jonze.
Impressionível, Impressionante com incrível.



sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Lamento Samaritano...


"De tanto passar de largo.. de tanto de largo passar, os olhos se obscureceram e a vida se findou assim.. apenas um longo e pobre passar.." 

Homenagem ao Adriano e Jair, seu cachorro..

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Aos produtores de Paz!



"Sábio é quem se domina, mina de ouro é o calar. Som e silêncio se amam; moram no mesmo lugar."

Zazo

domingo, 13 de julho de 2014

Sobre as Torrentes



Se essas águas não me cabem, que abundem, 
que transbordem minhas represas, que arrebentem contra as rochas do meu peito e que o vapor dessas quedas orbitem minhas extensões mais espúrias, 
espero ao cheiro das águas brotar nova vida.

Que inundem minha casa e destruam meus bens paupéries, que encharquem os ismos, os conceitos, os preceitos e os preconceitos. Que molhem esse eu, solo, seco, tantas vezes infértil, que me desabriguem do ego e redimam as poças e charcos amargos que minam desse velho coração. 

Que lavem a cosmética e emanem até verter o imaculado todo e destilado, que encham e levem o estéril, que ao remir o deletério reste apenas um afluente sincero, desaguando ao mundo uma nova criatura.


Eu espero após o rigor da enchente sentir o cheiro da vida, perceber a brisa suave e as poças e charcos da felicidade.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

sábado, 19 de abril de 2014

Profecia CMF


Eu o Senhor, Eu te escolhi para salvar vidas.
Farei o difícil tornar-se fácil. Coloque-se humildemente debaixo da minha mão, como servo e não temas.
Guiarei você pelos meus caminhos. 
Eu te dou vestes novas.
Não temas! Canta e clama!
Andarás e acharás salvação.
Sai pelo caminho cantando e pregando a palavra, saia pregando a palavra sem medo.
No deserto colherás flores.
Estarás debaixo da minha mão.
Eu iluminarei o cativeiro da Assíria.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Venancio Junior: VAMOS PARA CASA!

Venancio Junior: VAMOS PARA CASA!: Venancio Junior             O pôr-do-sol na cozinha da minha casa é algo deslumbrante e tenho várias imagens registradas, inseri nest...

quinta-feira, 20 de março de 2014

Se essa é a vida que eu pedi a Deus?

Eu tentei não pedir nada, tentei só agradecer por ainda respirar
sobre a terra mais guarida onde o sol nasce com vontade
e a noite ostenta seu lábaro estrelado..
Dentre os deslizes da comparação e o olhar carente daquilo que o desejo diz faltar..
Mais um dia me encerra a cômoda gratidão: É mais do que poderia ter pedido..




segunda-feira, 17 de março de 2014

Cativante liberdade

Ipsis Literis...

Prisioneira de teus braços eu me encontro.
Doce prisão, que da minha me liberta
E sentindo-me por ti cativa
Em teus laços eu me sinto livre

Glória Sánchez

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Criatividade




 A palavra “artista” relacionada a obra de arte é usada na Bíblia pela primeira vez no livro de Êxodo no capítulo 30 versículo 35, no capítulo 31 versículo 3, e no este último repetido no capítulo 35 versículo 31. Ambas as passagens são relacionadas ao momento em que o Senhor instrui a Moises sobre como deveria construir o tabernáculo ou Tenda do Encontro e acerca de como o próprio Senhor dotaria alguns homens com “plena capacidade artística” pelo próprio Espírito Santo para que a obra fosse executada. Antes disso, no entanto, temos logo no relato da criação, uma referencia de construção/ação artística, como segue:

Gênesis é um termo grego que significa “origem”, “fonte”, “geração” ou “começo”. O título original Bereshith significa “No princípio”.

   No princípio criou Deus os céus e a terra. E criar aqui significa “trazer à existência do nada”. A criação refere-se àquele primeiro ato mediante o qual Deus auto-existente trouxe a existência o que não tinha forma de existência independente.  
   Deus através da criação revela algo mais do que realmente Ele é e pode fazer nos dando base para toda a atuação humana sobre a terra. Ele criou todas as coisas e nós apenas cuidamos, re-arranjamos, recriamos a partir de tudo o que foi feito por Ele.

   A “criação” conota alguns princípios da expressão artística. Deus em cada dia e gesto expressou algo diferente:

·            Expressão de domínio e poder, pois dizia/ordenava e tudo passava a existir. (Como o domínio técnico de uma disciplina)

·            Expressão de fazer, pois com suas mãos formou o homem. (Como produção autoral)

·            Expressão de crítica, pois ao terminar observou, avaliou, e chegou a uma conclusão critica sobre o que havia feito dizendo: “é bom”, e “é muito bom”. (Como crítica artística)

·            Expressão de si (autoconhecimento), pois criou o homem a sua imagem e semelhança. (Como produção artística relacionada a autoconhecimento e auto-reflexão)


Absurdamente sincero e lindo, mensagem da Ultimato de Ano Novo

Sobre o antes o agora e o depois.. 

No dia em que seu pai engravidou sua mãe, você entrou no tempo. Só a morte vai tirá-lo do tempo. A ele você está aprisionado.
O tempo divide-se em três partes distintas: passado, presente e futuro. O menor de todos é o presente. Não dura nada, é como “um breve pensamento” (Sl 90.9). É aquela ínfima porção de tempo recolhida do futuro e imediatamente empurrada para o passado. Curiosamente é nesse curtíssimo período que você constrói a sua vida. Você não pode antecipar nem fazer o tempo voltar.
O futuro é cada vez menor e o passado cada vez maior. Dependendo não necessariamente da sua idade atual, mas do número de anos de vida que a Providência vai lhe dar, o futuro pode estar quase no fim e o passado com a carga máxima.
Passado, presente e futuro – que solenidade! Ontem, hoje e amanhã – que responsabilidade! Outrora, agora e depois – que desafio! Daí a oração de Moisés: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12).
No dia do rompimento do fio de prata (Ec 12.6), você ficará livre do tempo e entrará imediatamente para a eternidade, que pode ser uma eternidade com Deus e uma eternidade sem Deus. A escolha é para hoje!
Ultimato deseja que você aproveite bem o tempo de se chama “hoje”.
Feliz 2014!

Equipe Ultimato

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Se seu coração ainda não esfriou, por favor não leia isso!

Dez coisas que você pode fazer para tornar o mundo pior em 2014!


1. Ao ouvir algo bom a respeito de uma pessoa, encontre algo negativo para fazer o contraponto, assim você destrói todos os bons exemplos e deixa o mundo sem referência do belo, do justo e do bom.

2. Quando encontrar virtude fora dos limites do seu mundinho , dê um jeito de varrer para debaixo do tapete, e se não for possível, isto é, se a coisa ficar pública em caráter irreversível, jogue o máximo de lama sobre aquilo, inclusive inventando mentiras e distorcendo fatos e conceitos, assim você conseguirá convencer um monte de gente que as únicas certas e boas no mundo são as pessoas que concordam com você, acreditam nas coisas que você acredita e fazem as coisas como você julga que devem ser feitas, e com o tempo você terá afastado as pessoas de Deus e reunido um grupinho ao seu redor, e finalmente você será o centro das atenções.

3. Sempre que discordar de uma ideia, uma atitude, um comportamento, faça questão de demonstrar sua contrariedade, quanto mais enfaticamente melhor, assim você contribui para disseminar antipatias.

4. Ao tomar conhecimento de uma notícia ruim ou ficar sabendo de um defeito ou tropeço de outra pessoa, divulgue rapidamente, seja portador das notícias ruins a respeito do mundo e das pessoas e estabeleça para si mesmo o propósito de ser a boca maldita, assim você se presta ao papel de disseminar amargura e arranca qualquer semente de esperança que estiver brotando no coração das pessoas.

5. Fale mal da igreja e da religião, do governo e da política, da sua cultura e das instituições da sociedade, enfim, do Papa, da Globo, do PT e do STF, do PSDB e da Marina Silva, dos gringos, dos “black bloc”, da polícia, do exército, do Corinthians e da Fifa, enfim, de Deus e todo o mundo, assim você se especializa em sabotar projetos de transformação e gera desânimo no coração das pessoas de boa vontade.

6. Tenha sempre alguém como o próximo alvo a ser destruído, durma maquinando o mal, dedique tempo para escrever e editar vídeos, poste no Vimeo e no Youtube, faça todo o possível para matar as pessoas que incomodam você, e se não for possível acabar com elas, não deixe de fazer todo o possível para destruir a reputação delas, assim você constroi uma imagem de bonzinho a seu respeito e atrai a admiração de gente sem caráter, com o tempo você estará rodeado de gente que não presta.

7. Cultive a inveja, a dissenção, espalhe calúnias, promova a difamação, seja incansável e se especialize em destruir tudo o que os outros estão tentando construir, assim você se candidata à promotoria cósmica e talvez ganhe uma autorização para portar uma espada poderosa que lhe permita arrancar cabeças conforme seu próprio juízo, e então, quem sabe, o mundo não se torna mais justo, já que Deus preserva com vida um monte de gente que não vale o prato que come. 

8. Jamais perdoe, insista em acusar, julgar e condenar, cobrar cada centavo de dívida e exigir reparação de todo e qualquer dano sofrido, incentive a vingança e a violência, e seja implacável com os pecadores, mas não se esqueça de afirmar que está querendo apenas o que é justo, assim você transforma o mundo num inferno, e fica livre do árduo e sacrificial exercício de amar. 

9. Esqueça esse papo de espiritualidade e virtudes universais, foque nos aspectos exclusivos de sua religião, valorizando ao máximo seus ritos, dogmas e tabus, e sempre que tiver que escolher entre eles e as pessoas, fique com eles, afinal, você jamais será acusado de sacrificar a verdade em nome do amor.

10. Jamais cometa a ousadia de invocar o nome de Deus em espírito e em verdade, Ele vai responder, e vai estragar todos os seus planos de fazer o mundo pior, e vai transformar você em uma pessoa generosa, solidária, inclusiva, cheia de compaixão e amor, vai deixar o diabo falando sozinho, e vai se surpreender ao se olhar no espelho e se perceber parecido com Jesus de Nazaré.

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Ed René Kivitz é pastor da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo. É mestre em ciências da religião e autor de, entre outros, “O Livro Mais Mal-Humorado da Bíblia”.

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