quarta-feira, 27 de julho de 2011

Minha Oração em 20 de Julho de 2011.


Minha oração é que sejamos corpo.
Minha oração é que nos desinsticionalizemos e abandonemos nosso ativismo efêmero e as tarefas cômodas.
Minha oração é que tenhamos liga e nos tornemos mais maleáveis nas mãos de quem prepara o Pão da vida.
Minha oração é que sejamos o mesmo barro.
Minha oração é que o hedonismo pós-moderno não permeie o imaculado concúbito, Cristo-Igreja. 
Minha oração é sejamos corpo e o corpo inerte está morto.
Mova-se como o vento!
Essa é minha oração.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Lavô tah novo...


Isso é sobre II Co. 5.17
Na manhã do último domingo de Outono, uma dessas que você não espera muito, quando o sol briga com o resto do frio esquecido pela madrugada, fazendo a gente querer dormir sempre mais uns 5 minutinhos, na hora do estudo bíblico eu “mundodaluei...” devagarzinho, me desculpe, meu querido Serginho, um cara periférico, como se autodenomina e pelo que percebo, tem bastante orgulho disso, acho que foi só por alguns segundos.
Já aconteceu com você? Enquanto alguém discursa você sai de si, vai até onde as palavras levam. Bom, quem me conhece sabe, comigo quase sempre acontece.
Elas eram sobre o impostor, um outro “eu”, algo que tenta tomar o lugar da gente, nos fazendo acreditar que nós somos o que esse impostor quer, ou melhor, impõe que sejamos, um genuíno sofismo de nós mesmos (total contradição, porem somos nós...rsrs)
Sempre ouvi que o evangelho não é conveniência e percebi também ao longo dessa pequena estrada que venho, que minha vontade é efêmera, emotiva, impetuosa, ousada e muitas vezes, por receio, medíocre, tudo bem só tenho 29 anos, mas assumo que desde sempre, meus desejos me traem e minhas vontades me deixam na mão. Quando olho com carinho para outro caminho conhecido como Santidade, que também decidi trilhar com perseverança, me pergunto; Faço isso somente para obedecer a vontade de Deus? Sim, não, também por necessidade, porque preciso trocar meu querer pela Sua Vontade, ou trocar Sua Vontade pelo meu querer, ou querer e achar que é Sua Vontade ou usar Sua Vontade para ser meu querer, fazendo disso tudo minha vontade e satisfazer uma espécie de auto-vaidade egocêntrica, hedonista e impiedosa. Essa é na verdade, a brincadeira que o impostor faz com a gente.
Meu Deus qual a saída? Antes vamos estudar um pouco mais o caso. Ok, se você tiver 30 min. pesquise sobre uns caras chamados “Fariseus”, comece pela bíblia e procure também algum conteúdo histórico confiável, porque surgiram e o que aconteceu com eles, vai entender um pouco mais sobre essa salada. A pergunta é; Que Deus faz? Ou que nós fazemos?
Porque é difícil responder com emoção, quando se auto-avaliando, nos deparamos com a seguinte questão: Isso é minha vontade ou vontade de Deus? Mas veja bem, quer uma dica? Não é para ser superficial. Estou falando em levar um cara da rua para tomar banho na sua casa, estou falando do mais sujo, do mais podre e do mais íntimo do seu lar ao mesmo tempo, falo de Cristo Santo e do ladrão da cruz chegando juntos nos céus em festa, comemorando a vitória, estou falando de extremos, de contrastes e dessa gigante (para nós, não para Deus) contradição: (Minha vontade = vontade de Deus + vontade de Deus = minha vontade) + Sangue da Cruz = Uma só vontade.
Para isso aprendi que sempre existe um “Se” na palavra de Deus. Vamos fazer isso juntos? Por favor abra em João 15.7 “Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito.” O texto fala sobre as vontades serem uma coisa só através da palavra. Fácil né? Mas nós, no nosso culto racional temos dificuldade em aceitar isso, no 1º amor é fácil, choramos, falamos em línguas 24h, sentimos sempre, tipo... Deus full, nossas atitudes são todas pela emoção, poderíamos correr em direção as presas dos leões, fosse esse o caso, como foram nossos antecessores, os primeiros legítimos e mártires cristãos.
Eita! Bendito culto racional então, que Paulo descreve, é bom, nos ensina, nos madura, melhora nossa frequência com o Espírito Santo, sem picos nos nossos níveis de fé e nos faz entender um pouco sobre o título estranho que escolhi. Olhe só, quando Cristo se prontifica para lavar os pés dos discípulos, Pedro em uma atitude emotiva diz que não deixará que isso aconteça, ele é repreendido (1ª mancada) e depois pede que Cristo então não lave apenas os pés, mas também a cabeça e todo o corpo (2ª mancada), novamente orientado da seguinte maneira, que se Cristo já o lavou, então nova criatura é, não necessita se lavar novamente, se não apenas os pés como sinal de prudência, vigilância e obediência. Mas isso é racional demais pra gente, pelo menos pra mim, um cara bastante sanguíneo. Precisamos tomar banho de novo, sentimentalmente pensando, sentimos essa necessidade, chorar, nos derramar, se não estamos deixando Deus aos poucos. Agora pensemos meus caros, não que devemos não mais entregar nosso coração a Cristo e buscar não ter mais nenhum sentimento em relação a Deus, esqueça, Ele nos quer por completo e nos fez emocionais, mas precisamos crescer, esse mesmo cara, o Pedro, vai negar Jesus um pouco mais a frente (3ª mancada) o fato é que seu culto racional está sendo preparado, tratado e trabalhado.
O problema é que quando olhamos para nós e a nossa volta, muitas vezes só vemos o impostor, ou o que o impostor quer que vejamos e não vemos quem somos de verdade, pensei em nos chamar de Pedaços de Deus, parece bom, mas ser um pedaço de Deus não é tão simples se você encarar com a razão, e racionalmente você ter que aconselhar um casal às 4h da madrugada que quer se separar, ou a treta comendo solta na sua casa, com sua família e você interromper com uma oração, protestando no mundo espiritual contra aquela situação, separar um tempo de qualidade para orar por alguém, ou quando tem que engolir um sapo, ou quando sua moral, ego, orgulho estão em jogo e você imagina que está fazendo tudo errado, perde o chão, fica com medo e nega a Cristo, como aconteceu com Pedro, ser um pedaço de Deus consciente, não é tão fácil sem emoção, sem tomar uma atitude emotiva, apenas pela razão de ser uma parte de Deus, onde você estiver, sozinho talvez, etc.
Enquanto pensava, quis crer que os pedaços de Deus tendem a se reconstituir como um só, ficarem mais ligados, mais enxertados, mais juntos, mais e mais. E para ser mais crente e/ou um ato de protesto, escolhi patentear isso de “Big Bang ao contrário”, ou uma anti-evolução talvez...rsrs, achei até que ficou engraçado, fiquei saboreando e sorrindo feito bobo, enquanto pensava na maravilhosa graça e misericórdia que gira essa roda, essa atração dos pedaços. Achei curioso também, pensar em pedaços, porque logo me veio a ideia de pedra e a associei com o exemplo de Pedro, que falávamos a pouco, pedra onde Cristo disse que edificaria Sua igreja.
Um primo de minha mãe, em 2º grau, mas que carinhosamente apelidamos de “Primo” e de tão próximo, se tornou um irmão, tudo bem, eu também concordo, melhor seria não ter explicado e tratado e/ou começado apenas como um irmão. Diz:
“- Ninguem, que irá entrar no céu, poderá dizer, eu estou aqui porque mereço, ou melhor, porque sou suficientemente merecedor.” 
Então deixe a justiça de Deus recair sobre você, sobre tudo que se estende a partir de você, por favor, recorra a uma bíblia agora comigo, Is. 42.3-4 não estou escrevendo achismos, bereie meu amigo.
Não são notícias boas, porque não se engane a conveniência do cristianismo atual apóia a fuga, olhar com altivez, a orar alto nas congregações que somos pecadores “mas não como esses publicanos do nosso lado...” Olhando sempre para o outro em busca de se sentir melhor, não nos amando o suficiente para aceitar que somos pecadores, e por isso não conseguindo amar o próximo como a nós mesmos.
O jeito então é apontar o outro e nos sentir melhor, temos mais obras no ranking do ativismo religioso, somos mais limpos, mais queridos, isso nos deixa melhor, nos acomoda, você pode dizer e olhar para nós e achar que estamos prontos então, que podemos fazer, somos capazes, podemos amar, assim podemos, podemos aceitar o “Se” que já conversamos também, mas Cristo passou como homem (outra coisa que ouvi ainda na mesma pregação, através de meu amigo Firmino) aqui por essa terra e suas últimas palavras num papo com seu pai, antes de ser preso, foram; “- Se possível, passe de mim esse cálice.” Ou seja, não consigo, não estou preparado, inseguro, racionalmente todos nós não estamos, mas Deus nos chamou assim.
Francamente olhe para nós, somos só um pedaço, disforme, propenso, viciado, caindo sempre, um morador de rua, um pedaço de Deus na sarjeta. Como aceitar tudo isso e saltar à graça, mergulhar, aceitar Cristo, sem subterfúgios para se agarrar enquanto caímos nas mãos de Deus.
Não conseguimos aceitar sermos parte de algo santo, queremos uma saída, Cristo vem confrontar nosso ego, precisamos de alguém para apontarmos e então nos acharmos mais justos, menos ruins, menos pecadores, menos maus, justificados por obras indiretamente, os novos fariseus, ocupando os primeiros atuais lugares nas congregações, com nossas verdades eclesiásticas preconceituosas, altivas, ignorantes e rígidas, não incomodando nosso impostor.
Fale a verdade, melhor cair aqui, melhor isso, mais cômodo, do que cair na Cruz e aceitar Jesus, e aceitar que Cristo esfregou nossas vestes sujas nos tanques da redenção, que lavou nosso corpo, alma e espírito e nos remiu com seu sangue, nosso orgulho não deixa, a gente olha pra dentro da gente e não aceita esse banho.
É uma expressão chula e muitas vezes usada com sentido torpe, eu entendo, mas se apurarmos esclarecidamente os fatos, sem preconceitos e arrancando com violência nosso orgulho do grande projeto de salvação da humanidade, dos também citados, destituídos da glória de Deus na bíblia, veremos que Cristo pegou algo sujo e lavou e temos que aceitar isso, porque essa é a maior expressão do amor de Deus.
Marujo.