quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Abraçe!



A duração média de um abraço entre duas pessoas é de 3 segundos.

Mas os pesquisadores descobriram algo fantástico.

Quando um abraço dura 20 segundos, há um efeito terapêutico sobre o corpo e mente.

A razão é que um abraço sincero produz um hormônio chamado “oxitocina”, também conhecido como o hormônio do amor.

Desta substância medram muitos benefícios a nossa saúde física e mental, ajuda-nos, entre outras coisas, à relaxar, à se sentir seguro e a acalmar nossos medos e ansiedades.

Este maravilhoso calmante é oferecido de forma gratuita cada vez que temos uma pessoa em nossos braços.



Nicole Bordeleau

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Maria



Ela Maria, mãe de um filho especial, tão especial que obviamente já sabia que a transcendia tal missão demasiada sobrenatural, dar a luz e Vê-la iluminar. Daí então todo que o conhecia a ela dizia: - Ele é especial! Mas para ela nada novo em seu amar intocado, transcorria o dia e tudo seguia imaculado.

É especial? É um filho para mim! Todos os meus filhos são especiais, é reservado a todos um amor assim, não tem nada de anormal, é justo, nobre, bonito, a mim Ele veio de modo tão natural.

Com palavras prostituiria amor tão santo e ilibado, só esse amor a todos caminha ao lado, nada se compara e a nada pode ser igualado.


Nessa história de ser mãe vem em negrito, já no manual, seu amor sempre será INCONDICIONAL. 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A vida é sonho - Calderón de La Barca



"Ai de mim. Ai, pobre de mim!
Aqui estou, ó Deus, para entender que crime cometi contra Vós.
Mas, se nasci, eu já entendi o crime que cometi.
Aí está motivo suficiente para Vossa justiça, Vosso rigor, pois o crime maior do homem é ter nascido.
Para apurar meus cuidados, só queria saber que outros crimes cometi contra Vós além do crime de nascer. Não nasceram outros também?
Pois, se os outros nasceram, que privilégio tiveram que eu jamais gozei?
Nasce uma ave, e, embelezada por seus ricos enfeites não passa de flor de plumas, ramalhete alado, quando veloz cortando salões aéreos, recusa piedade ao ninho que abandona em paz. E eu, tenho mais instinto, tenho menos liberdade?
Nasce uma fera, e, com a pele respingada de belas manchas, que lembram estrelas. Logo, atrevida e feroz, a necessidade humana lhe ensina a crueldade, monstro de seu labirinto. E eu, tendo mais alma, tenho menos liberdade?
Nasce um peixe, abordo de ovas e lodo, e, feito um barco de escamas sobre as ondas, ele gira, gira por toda a parte, exibindo a imensa habilidade que lhe dá um coração frio; e eu, tendo mais escolha, tendo menos liberdade?
Nasce um riacho, serpente prateada, que dentre flores surge de repente e de repente, entre flores se esconde, onde músico celebra a piedade das flores que lhe dão um campo aberto à sua fuga. E eu, tendo mais vida, tenho menos liberdade?
Assim, assim chegando a esta paixão, um vulcão qual o Etna quisera arrancar de perto pedaços do coração.
Que lei, justiça ou razão pôde recusar aos homens privilégio tão suave, exceção tão única que Deus deu a um cristal, a um peixe, a uma fera e a uma ave?"

Texto de Pedro Calderón de La Barca (1600 - 1681), dramaturgo espanhol.