sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Seara em Indaiatuba..


https://picasaweb.google.com/116473466824182528139/ShowBandaSearaUrbana#5813283731373186690

segunda-feira, 19 de novembro de 2012


Umas das grandes verdades do nosso e outros tempos.. 
http://www.youtube.com/watch?v=dwdX8XND40U&feature=results_video

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Uma Vela Pequena.

Eu a vejo, seguindo pelo corredor
A pinto com palavras, com a tinta que trouxe meu olhar
Ela carrega nos ombros o peso dos anos
Nos passos leves e lentos, a estrada da vida
Nas mãos trêmolas os relacionamentos que valeram
No olhar a sabedoria do tempo
E na boca histórias antigas

Ela está cheia de vida

Ela está cheia de viver

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Venancio Junior: A IGREJA SEM GRAÇA

Venancio Junior: A IGREJA SEM GRAÇA: Venancio Jr               A igreja é constituída pela Graça de Deus  (...pela graça sois salvos Efésios 2:8)  na sua composição espiri...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Paisagem Noturna

 
A sombra imensa, a noite infinita enche o vale...
E lá no fundo vem a voz
Humilde e lamentosa
Dos pássaros da treva. Em nós,
- Em noss’alma criminosa,
O pavor se insinua...

Um carneiro bale.
Ouvem-se pios funerais.
Um como grande e doloroso arquejo
Corta a amplidão que a amplidão continua...
E cadentes, metálicos, pontuais,
Os tanoeiros do brejo,
- Os vigias da noite silenciosa,
Malham nos aguaçais.

Pouco a pouco, porém, a muralha de treva
Vai perdendo a espessura, e em breve se adelgaça
Como um diáfano crepe, atrás do qual se eleve
A sombria massa
Das serranias.

O plenilúnio vai romper...Já da penumbra
Lentamente reslumbra
A paisagem de grandes árvores dormentes.
E cambiantes sutis, tonalidades fugidias,
Tintas deliquescentes
Mancham para o levante as nuvens langorosas.

Enfim, cheia, serena, pura,
Como uma hóstia de luz erguida no horizonte,
fazendo levantar a fronte
Dos poetas e das almas amorosas,
Dissipando o temor nas consciências medrosas
E frustrando a emboscada a espiar na noite escura,
- A Lua
Assoma à crista da montanha.

Em sua luz se banha
A solidão cheia de vozes que segredam...
Em voluptuoso espreguiçar de forma nua

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

En-canta Ducan




Você não precisa cantar pra encantar.
Obrigado Zélia, por emprestar a voz e embalar nossas mentes com poesias celebráveis, algumas musicadas, outras não, não importa, a poesia mora ai, aqui, acolá.
"A chuva mostra.."

Bom demais;

- Alice Ruiz
- Itamar Assumpção

http://multishow.globo.com/musica/marcelo-jeneci/borboleta

Sarau no Sesc Campinas com Zélia Ducan, dia 19.07.2012

quarta-feira, 11 de julho de 2012


Não sei dançar


Uns tomam etér, outros cocaína.
Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria.
Tenho todos os motivos menos um de ser triste.
Mas o cálculo das probabilidades é uma pilhéria...
Abaixo Amiel!
E nunca lerei o diário de Maria Bashkirtseff.

Sim, já perdi, pai, mãe, irmãos.
Perdi a saúde também.
É por isso que sinto como ninguém o ritmo do jazz-band.

Uns tomam etér, outros cocaína.
Eu tomo alegria!
Eis aí por que vim a este baile de terça-feira gorda.
Mistura muito excelente de chás... Esta foi açafata...
- Não, foi arrumadeira.
E está dançando com o ex-prefeito municipal.
Tão Brasil!

De fato este salão de sangues misturados parece o Brasil...
Há até a fração incipiente amarela
Na fígula de um japonês.
O japonês também dança maxixe:
Acugêlê banzai!
A filha do usineiro de Campos
Olha com repugnância
Para a crioula imoral.
No entanto o que faz a indecência da outra
É dengue nos olhos maravilhosos da moça.
E aquele cair de ombros...
Mas ela não sabe...
Tão Brasil!

Ninguém se lembra da política...
Nem dos oito mil quilômetros de costa...
O algodão de Seridó é o melhor do mundo... Que me importa?
Não há malária nem moléstia de Chagas nem ancilóstomos.
A sereia sibila e o ganzá do jazz-band batuca.
Eu tomo alegria!




Manuel Bandeira

segunda-feira, 7 de maio de 2012


Ludo e/ou Vick, seja muito bem vindo..
Abra logo os olhos, pra ver seu pai dançar..

Em sua homenagem..


Acalanto de John Talbot


Dorme, meu filhinho,
dorme, sossegado.
Dorme, que a teu lado
cantarei baixinho.
O dia não tarda…
Vai amanhecer:
Como é frio o ar!
O anjinho da guarda
que o Senhor te deu,
pode adormecer
pode descansar,
que te guardo eu.


 


Manuel Bandeira

terça-feira, 10 de abril de 2012

T E M P O

Tempo, tempo, tempo..

“Quando penso que o tenho nas mãos,
ele se esvai por entre meus dedos
Aperto e ele encontra vãos
Não quer saber minhas dores, meus sonhos e medos..

Transformando a vida em lembrança
Prometendo as custas da esperança
Me sobra o hoje e seu encanto,
Essa manhã no espelho, encontrei mais um cabelo branco.”

sexta-feira, 30 de março de 2012

SE.

 

Se és capaz de manter a tua calma quando
Todo o mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando,
E para esses no entanto achar uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não parecer bom demais, nem pretensioso;

Se és capaz de pensar --sem que a isso só te atires,
De sonhar --sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires
Tratar da mesma forma a esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
Em armadilhas as verdades que disseste,
E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
E refazê-las com o bem pouco que te reste;

Se és capaz de arriscar numa única parada
Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!";

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes
E, entre reis, não perder a naturalidade,
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade,
E se és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao minuto fatal todo o valor e brilho,
Tua é a terra com tudo o que existe no mundo
E o que mais --tu serás um homem, ó meu filho!



Poema de Rudyard Kipling, traduzido por Guilherme de Almeida.